A escrita não é um veículo para se chegar a uma essência.
A escrita é a viagem, a descoberta de outras dimensões e mistérios que estão para além das aparências.
Couto, Mia
Somente os verdadeiros leitores entendem realmente como a leitura pode se traduzir em uma experiência transformadora.
Neli
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Viajar Pela Leitura - Clarice Pacheco
Viajar pela leitura
Viajar pela leitura
sem rumo, sem intenção.
Só para viver a aventura
que é ter um livro nas mãos.
É uma pena que só saiba disso
quem gosta de ler.
Experimente!
Assim, sem compromisso,
você vai me entender.
Mergulhe de cabeça
na imaginação!
Clarice Pacheco
TEXTO "MEU PRIMEIRO BEIJO"
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de
texto. Para isso, devemos observar que para aprender a ler é não só um
dos objetivos mais importantes da vida escolar. É uma vivência única
para cada pessoa. Ao dominar a leitura abrimos a possibilidade de
adquirir conhecimentos, desenvolver raciocínios, alargar a visão de
mundo, do outro e de si mesmo, participar ativamente da vida social. No
entanto, até hoje, ler é um problema para muitas pessoas. Cabe à escola,
em meio a tantas mudanças tecnológicas e sociais, estimular a leitura,
melhorar as estratégias, principalmente de compreensão e oferecer muitos
e variados textos.
Antes da leitura
Apresentação dos objetivos dessa Situação de Aprendizagem:
- reconhecer que o texto é narrativo e descritivo;
- trabalhar com duas características da narrativa, tempo e espaço.
Levantamento do conhecimento prévio sobre o autor do texto " Meu primeiro beijo"
António Barreto | |
---|---|
António Barreto | |
Ministro de Portugal | |
Mandato | I Governo Constitucional
|
Nascimento | 30 de Outubro de 1942 (70 anos) Porto |
Partido | Partido Comunista (1963-1970) Partido Socialista (1974-1978) Movimento dos Reformadores (1978-1983) (parte da Aliança Democrática, 1979-1983) independente (1983-1987, incluindo uma passagem pelo Primeiro Movimento de Apoio Soares à Presidência) PS (1987-1999?) independente (1999-?) |
Profissão | Cientista social e cronista |
- Expectativa em função do gênero.
- Antecipação do tema a partir do título.
- Você acha que esse texto é um romance, uma crônica ou uma fábula? Por quê?
- Quais as suas expectativas para leitura do texto?
- Exposição da imagem de vários tipos de beijos (novelas, cinema, cenas cotidianas, etc.).
Durante a leitura
- Confirmação ou retificação das antecipações ou expectativas de sentido, criadas antes ou durante a leitura.
- Esclarecimento de palavras desconhecidas a partir de inferências.
- Qual o efeito do sentido do vocabulário científico no texto literário?
- Ser a glicose do metabolismo de uma pessoa é bom?
- Identificação das pistas linguísticas responsáveis pela continuidade temática ou pela progressão temática.
- Em qual parágrafo o beijo finalmente acontece?
Depois da leitura
- Construção da síntese temática do texto.
- Por que durante o texto a personagem refere-se ao menino por apelidos?
- De acordo com o texto quais reações o beijo provoca no corpo humano?
- Circule no último parágrafo os marcadores de tempo
domingo, 9 de junho de 2013
Hábito de leitura cai no Brasil, revela pesquisa
Parcela de leitores passou de 55% para 50% da população entre 2007 e 2011. Até entre crianças e adolescentes, que leem por dever escolar, houve redução
Nathalia Goulart
(Thinkstock)
O brasileiro está lendo menos. É isso que revela a pesquisa Retrato da
Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro
em parceria com o Ibope Inteligência. De acordo com o levantamento
nacional, o número de brasileiros considerados leitores – aqueles que
haviam lido ao menos uma obra nos três meses que antecederam a pesquisa –
caiu de 95,6 milhões (55% da população estimada), em 2007, para 88,2
milhões (50%), em 2011.
A redução da leitura foi medida até entre crianças e adolescentes, que
leem por dever escolar. Em 2011, crianças com idades entre 5 e 10 anos
leram 5,4 livros, ante 6,9 registrados no levantamento de 2007. O mesmo
ocorreu entre os pré-adolescentes de 11 a 13 anos (6,9 ante 8,5) e entre
adolescente de 14 a 17 (5,9 ante 6,6 livros).
Para Marina Carvalho, supervisora da Fundação Educar DPaschoal, que
trabalha com programas de incentivo à leitura, uma das razões para a
queda no hábito de leitura entre o público infanto-juvenil é a falta de
estímulos vindos da família. “Se em casa
as crianças não encontram pais leitores, reforça-se a ideia de que ler é
uma obrigação escolar. Se existe uma queda no número de leitores
adultos, isso se reflete no público infantil”, diz a especialista. “As
crianças precisam estar expostas aos livros antes mesmo de aprender a
ler. Assim, elas criam uma relação afetuosa com as publicações e
encontram uma atividade que lhes dá prazer.”
O levantamento reforça um traço já conhecido entre os brasileiros: o
vínculo entre leitura e escolaridade. Entre os entrevistados que
estudam, o percentual de leitores é três vezes superior ao de não
leitores (48% vs. 16%). Já entre aqueles que não estão na escola, a
parcela de não leitores é cerca de 50% superior ao de leitores: 84% vs.
52%.
Outro indicador revela a queda do apreço do brasileiro pela leitura
como hobby. Em 2007, ler era a quarta atividade mais apreciada no tempo
livre; quatro anos depois, o hábito caiu para sétimo lugar. Antes, 36%
declaravam enxergar a leitura como forma de lazer, parcela reduzida a
28%.
À frente dos livros, apareceram na sondagem assistir à TV (85% em 2011
vs. 77% em 2007), escutar música ou rádio (52% vs. 54%), descansar (51%
vs. 50%), reunir-se com amigos e família (44% vs. 31%), assistir a
vídeos/filmes em DVD (38% vs. 29%) e sair com amigos (34% vs. 33%). "No
século XXI, o livro disputa o interesse dos cidadãos com uma série de
entretenimentos que podem parecer mais sedutores. Ou despertamos o
interesse pela leitura, ou perderemos a batalha", diz Christine Castilho
Fontelles, diretora de educação e cultura do Instituto Ecofuturo, que
há 13 anos promove ações de incentivo a leitura.
Um levantamento recente do Ecofuturo revelou a influência das
bibliotecas sobre os potenciais leitores. De acordo com o levantamento,
estudantes de escolas próximas a bibliotecas comunitárias obtêm
desempenho superior ao de alunos que frequentam regiões sem biblioteca.
Nesses casos, o índice de aprovação chega a ser 156% superior, e a taxa
de abandono cai até 46%. "Ainda temos uma desafio grande a ser
enfrentado, já que grande parte das escolas da rede pública não contam
com biblioteca." Uma lei aprovada em 2010 obriga todas as escolas a ter
uma biblioteca até 2020. Na época, o movimento independente Todos Pela
Educação estimou que, para cumprir com a exigência, o país teria de
erguer 24 bibliotecas por dia.
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil foi realizada entre 11 de junho
e 3 de julho de 2011 e ouviu 5.012 pessoas, com idade superior a 5 anos
de idade, em 315 municípios. A margem de erro é de 1,4 ponto
percentual.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Novas tecnologias no ensino
Pesquisa enfoca o uso de novas tecnologias no ensino
A pesquisa tem apoio da FAPESP por meio do Programa de Melhoria do
Ensino Público e origem em estudos já conduzidos no Núcleo de Ensino da
Unesp
Edição Online 16:26 5 de fevereiro de 2013
Agência FAPESP – Várias pesquisas e relatórios de
projetos educacionais têm apontado que uma das possibilidades para
melhorar a qualidade do ensino é inovar as metodologias e variar as
formas de apresentar os conteúdos para os alunos. Essas inovações em
grande parte estão associadas ao uso das novas tecnologias no processo
de ensino.
Um projeto de pesquisa conduzido na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp),campus de Araraquara, pretende ampliar o uso dos chamados objetos de aprendizagem e envolver um maior número de alunos.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/02/05/pesquisa-enfoca-o-uso-de-novas-tecnologias-no-ensino/
Marilena Chauí e Antonio Cândido
Marilena Chauí
Professora de Filosofia da USP
"O
livro é um mundo porque cria mundos ou porque deseja subverter este
nosso mundo", considera a doutora em Filosofia Marilena Chauí.
Eu
costumo falar no esplendor do livro porque ele abre para mundos novos,
ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a
realidade. Ler, acredito, é uma das experiências mais radiosas de nossa
vida, pois, como leitores, descobrimos nossos próprios pensamentos e
nossa própria fala graças ao pensamento e à fala de um outro. Ler é
suspender a passagem do tempo: para o leitor, os escritores passados se
tornam presentes, os escritores presentes dialogam com o passado e
anunciam o futuro.
Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura em 2004.
Antonio Candido
Crítico literário e ex-professor de Teoria Literária na USP
As produções
literárias, de todos os tipos e todos os níveis, satisfazem necessidades
básicas do ser humano, sobretudo através dessa incorporação, que
enriquece a nossa percepção e a nossa visão do mundo. [...]. Em todos
esses casos ocorre humanização e enriquecimento, da personalidade e do
grupo, por meio de conhecimento oriundo da expressão submetida a uma
ordem redentora da confusão.
Entendo aqui por
humanização (já que tenho falado tanto nela) o processo que confirma no
homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da
reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o
afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o
senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o
cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade
na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza,
a sociedade, o semelhante.
Fonte: CANDIDO, Antonio. Direitos humanos e literatura. In: ___.
Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004.
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